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"As pessoas sem imaginação podem ter tido as mais imprevistas aventuras, podem ter visitado as terras mais estranhas. Nada lhes ficou. Nada lhes sobrou. Uma vida não basta apenas ser vivida: Também precisa ser sonhada."
Mario Quintana

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015


O QUE PROCURAMOS NO OUTRO...
Depende... Depende de nossa vivencia, nossas experiências, nossa cultura, nossa educação, que é aquela que recebemos de nossos pais na primeira infância e de experiências afetivas vivenciadas.
 Ocorre que no primeiro momento, a menina não aprove um pai ditador, que impõe muitas regras, mandando em tudo, porém ela cresce assistindo aos domínios do pai e já na idade adulta, irá procurar um relacionamento oposto a tudo isso. Com o passar do tempo ela se satisfaz com esse relacionamento de liberdade e afeto diferente e cheio de escolhas e vontade própria... Porém quando o outro permite muita liberdade pode ocorrer que esse relacionamento seja rompido, por parecer faltar alguma coisa. Ditado popular: “Tudo que é de mais enjoa”. De repente essa jovem inicia uma busca por sua origem já conhecida e vivenciada. Aquela que conhece muito bem que é a de seu pai, determinando tudo e colocando a rotina em ordem conforme vontade de provedor e cuidador. Esse tipo de relacionamento não dá certo quando a mulher é independente, sendo ativa em uma profissão  e no lar. O contrario, a mulher do lar, passa por isso sem problema com algumas frustrações, até aceitando bem... Mas não ter vontade própria e ter a opinião abafada é bom?
Já observei um relacionamento desses de uma jovem adolescente aluna em uma das escolas em que fui Orientadora Educacional. Interessante é, que como profissionais, nos vemos com conflitos que nem sempre fazem parte do domínio escolar, mas sim aquilo que afeta toda uma estrutura emocional. É bem verdade, que quando o afetivo não vai bem e faz sofrer afeta toda a vida e toda a rotina.
 Oque dizer da jovem que volta ao modelo conhecido rompendo com o relacionamento de liberdade? Digo que isso é muito fácil de acontecer e sem querer acabamos voltados pra origem de tudo.
 Claro que não é saudável não ter liberdade e não conseguir expressar a vontade própria, mas acho que precisamos passar por tudo esse emaranhado de afetos pra dar valor ao que realmente nos fará feliz. Às vezes rompemos com a felicidade e lá na frente num futuro próximo entendemos que o que precisávamos mesmo seria trabalharmos essa afetividade observando os nossos desejos e nosso querer para não se atirar num relacionamento antigo e doente ou ficar na mesma insatisfeitos. Acho que o que falta é dialogo... Dizer o que queremos com mais intensidade sabendo que o outro precisa se manifestar. Não podemos ter medo de nos relacionarmos, mas precisamos ficar atentos aos nossos anseios e olharmos um pouco mais pra dentro de nós mesmo. Não é fácil... Afinal o que queremos? O modelo novo criado e construído por nós mesmo ou entrar na zona de conforto com algo que já conhecemos ou vivenciamos.
By Rejane Moreto Pinheiro

 “E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida... Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!”


                                                                                 
Içame Tiba médico psiquiatra e professor